Quem é gamer sabe que todo jogo tem fight, não é mesmo? Nesse artigo você vai conhecer os desafios das mulheres pela igualdade no cenário gamer e como quebrar as barreiras do preconceito.
Os e-sports, ou esportes eletrônicos, estão ganhando cada vez mais espaço no mundo esportivo. São os jogos de computador que tem competições nacionais e mundiais acirradas, assim como no futebol e outros esportes físicos. Mas, será que nos games as mulheres têm conseguido seu espaço?
A verdade é que assim como nos esportes físicos, como futebol por exemplo, as mulheres também enfrentam muitas dificuldades.
Existem muitos estereótipos como “menina não sabe jogar” ou “deveria jogar fazendinha”. Embora existam muitas ações para incentivar a igualdade e a inclusão, a mulher gamer ainda enfrenta diariamente esse preconceito na pele, o que pode sim influenciar no desempenho.
Nesse artigo você vai conhecer um pouco mais sobre a luta feminina da vida real para conquistar espaço nos e-sports:
Veja como a presença feminina tem aumentado no cenário e quais desafios são enfrentados pelas jogadoras.
Conheça exemplos reais de meninas que se tornaram jogadoras profissionais de esportes eletrônicos.
Veja como é possível vencer o preconceito de gênero e jogar em um ambiente mais inclusivo.
Conheça algumas grandes indústrias de games que já estão aderindo a inclusão no cenário gamer.
Veja como a Riot Games teve problemas com o preconceito de gênero e o que é possível fazer para incentivar a inclusão.
O aumento da popularidade dos e-sports tem mudado a vida de muitas pessoas, incluindo jovens que encontram na diversão um meio de ganhar dinheiro com o que amam.
A presença feminina vem aumentando bastante no cenário, mas ainda existe muito preconceito.
Embora os estereótipos sejam comuns, existe também o assédio contra mulheres e meninas que jogam e muitas acabam desistindo do cenário por conta do desconforto diário que enfrentam.
No entanto, já ficou mais que comprovado que homens e mulheres podem sim fazer as mesmas coisas, embora façam de maneiras diferentes.
As mulheres são empáticas e estratégicas, fazem várias coisas ao mesmo tempo e normalmente tem uma capacidade de concentração bem grande.
Essas são características que favorecem, e muito, o desempenho na hora de bater aquela gameplay.
Segundo uma pesquisa divulgada pela CNN em 2018, as mulheres representam uma porcentagem de 51,5% entre o público gamer brasileiro.
A mesma pesquisa divulgou que elas também são as que mais enfrentam desafios e por isso, não é incomum usarem nicks neutros ou masculinos no game, para evitar assédio e discriminação.
Além disso, a pressão com uma mulher jogando é ainda maior, pois qualquer deslize pode ser atribuído ao fato de ser mulher.
Coisas como “joga mal porque é mulher” ou “claro que não consegue, mulher não sabe jogar” infelizmente são falas frequentes no cenário gamer.
Mesmo com várias ações pela igualdade e com a longa história de luta feminina pelos seus direitos, as mulheres ainda enfrentam muitos desafios:
Mesmo com tantas dificuldades, as mulheres são persistentes. Sasha “Scarlet”, jogadora de StarCraft, e Stephanie Harvey, jogadora de Couter-Strike, são jogadoras profissionais respeitadas e reconhecidas no mundo.
No Brasil, Gabriela "Harumi" Gonçalves, jogadora de LOL, Leticia "Letícia Motta" Motta, jogadora de FreeFire, e Ana "annaex" Luiza, jogadora de Valorant, são alguns dos nomes conhecidos no cenário.
Essas meninas são exemplos para tantas outras no mundo e mostram que é possível, com força, união e conscientização, ter mulheres profissionais nos e-sports.
Embora a passos lentos, é possível ver as grandes empresas se movimentando em busca de mais igualdade e inclusão no cenário gamer.
Empresas como Riot Games, Garena e Valve Corporation tem trabalho bastante na inclusão de mulheres gamers profissionais.
Além disso, as empresas têm investido em publicidade inclusiva para conscientizar a comunidade sobre a importância do respeito e da igualdade.
Nem tudo é complicado como parece. Muitas vezes, meninos e homens gamers justificam a ausência feminina alegando que as mulheres não se dedicam para os jogos.
Porém, convenhamos, com tantos desafios e pressões sexistas, as mulheres não são incentivadas a serem esportistas nos e-games.
A pressão diária que já existe nos e-sports, somada a preconceito e assédio, podem afetar seriamente a saúde mental das jogadoras.
Além disso, a falta de patrocínio e ações para inclusão também torna difícil financeiramente para qualquer pessoa, sobretudo para as mulheres do cenário.
Sendo assim, nem sempre é possível para as mulheres tomarem a decisão de seguir a carreira gamer.
No entanto, algumas coisas podem ser feitas diariamente para reverter a situação:
Muitas empresas gigantes do cenário dos games estão apostando na inclusão das mulheres nos jogos como profissionais. Isso é importante pois além de dar oportunidade para quem joga, também serve como incentivo para as meninas que são amadoras e tem o sonho de se tornarem profissionais.
Jogos como Valorant, CS:GO e Free Fire contam com equipes totalmente femininas e elas estão provando seu valor.
O time da Furia conta com uma equipe de mulheres jogadoras de CS:GO, que em janeiro deste ano tiveram conquistas importantes para o reconhecimento no esporte.
Além disso, o LOL, um dos jogos mais conhecidos de MOBA de todo o mundo, também tem trazido mais presença feminina, mesmo que timidamente nas equipes.
Nas transmissões dos campeonatos de e-sports, é possível notar a presença de várias mulheres que entendem do assunto e mandam muito bem como comentaristas e entrevistadoras.
Um exemplo é a apresentadora Lágolas, do CBLOL que além de enriquecer as transmissões dos jogos de LOL, fala abertamente sobre a importância da diversidade no cenário esportivo eletrônico.
Essa inclusão traz equilíbrio e incentivo, e embora seja um pequeno passo diante do preconceito, é uma conquista que merece ser celebrada.
Em 2018, a empresa Riot Games, criadora dos jogos online LOL e Valorant, saiu em todas as principais manchetes do mundo por enfrentar um duro processo judicial, causado por atitudes de sexismo e machismo.
Nessa ocasião, funcionárias entraram com ações em massa por ações sofridas internamente no ambiente corporativo.
O resultado? Elas ganharam a causa nos tribunais, recebendo uma indenização significativa pelos danos morais sofridos.
No entanto, nenhum dinheiro pode pagar todo o período de sofrimento e humilhação sofridos simplesmente por serem mulheres.
Isso ressalta que além de ser importante, respeitar as pessoas independentemente do gênero também é lei, e a exclusão pode ser considerada crime penal, resultando em diversos prejuízos financeiros.
Por fim, vale lembrar que o respeito e a inclusão são necessários, não só para evitar um processo, como também para contribuir com uma comunidade saudável e diversificada.
Lugar de mulher é onde ela quiser e nos games, as meninas têm mostrado que embora nossa maior força não seja física, o intelecto feminino contribui bastante para um jogo mais emocionante.
Não fique de fora da pull, se você é uma apaixonada por games, exerça seu direito de se divertir nos jogos e denuncie toda e qualquer atitude anti fair play. E se você é homem, respeite as mulheres do jogo e ajude a denunciar atitudes machistas. Faça sua parte e use o power para o bem!
E-sports é a expressão para esportes eletrônicos, que são uma maneira profissional de jogar. Existem competições regionais, nacionais e internacionais de e-sports, como de CS:GO e LOL.
Existem alguns times femininos de e-sports. Podemos destacar os times da Fúria (CS:GO), Ex Up Games (Free Fire), INTZ (Valorant) e Black Dragons (Rainbow Six), que são exemplos de equipe totalmente feminina de jogos eletrônicos.
O primeiro passo é gostar bastante de jogar e aprender novos comandos, afinal, o cenário profissional é bem competitivo. Também é importante ter resiliência e abraçar a causa da igualdade entre homens e mulheres, pois o cenário profissional ainda é dominado por homens. Por fim, não esqueça de treinar bastante e investir em bons equipamentos para ter mais vantagem competitiva.